Dramaturgia Bras. do Sec. XIX

19 de Ago a 14 de Out

dramaturgia square

19 de agosto - 09 de setembro - 14 de outubro, às 19h

A DRAMATURGIA BRASILEIRA NO SÉCULO XIX

Mesmo ficando em uma posição geográfica privilegiada – entre Rio de Janeiro e São Paulo, cidades que concentram significativa parte da produção cultural do país – somente há pouco mais de dois anos, com a abertura do TEATRO TERESA D’ÁVILA, Lorena começou a fazer parte do roteiro de espetáculos de qualidade. O fato é que a população jovem da cidade cresceu sem ter acesso a textos produzidos para o teatro. A ideia é preencher essa lacuna através da leitura dramatizada de obras antológicas da dramaturgia nacional. Proporcionar à população, em especial, aos universitários – principalmente dos cursos de letras, comunicação, pedagogia, jornalismo e outras carreiras na área de humanas – um encontro com a produção teatral brasileira através do melhor de sua dramaturgia. Mensalmente, a partir de agosto, um elenco (formado por atores locais e da cidade de São Paulo), fará a leitura dramatizada de uma obra clássivca do repertório teatral brasileiro no palco do Teatro Teresa D’Ávila. Logo após, um dramaturgo convidado comandará um debate sobre o autor do mês e a peça apresentada. Nessa primeira fase - A DRAMATURGIA BRASILEIRA NO SÉCULO XIX -, a ideia é trabalhar com autores que, segundo o crítico Sábato Magaldi, inauguraram a saga histórica do texto teatral no Brasil, sem grande expressividade até então. Seguem as obras selecionadas:



Lição de Botânica - 19 de agosto
O barão Sigismundo manda anunciar a D. Helena, sua vizinha, que deseja uma entrevista. Animada, Cecília crê que o barão vem pedir sua mão pra o sobrinho Heitor, por quem está apaixonada. Para sua surpresa, o barão pede que D. Helena não receba mais o jovem em casa. O cientista crê que o casamento é incompatível com a ciência, e é seu plano que Heitor se torne um grande botânico, como é tradição na família. Cecília entra em desespero com o comportamento inusitado do cientista. Mas Leonor tem uma brilhante ideia. Ela finge ao velho um profundo interesse por botânica, e pede para ser sua discípula. O cientista se apaixona por ela, e reconsidera suas posições sobre o casamento e a ciência.

MACHADO DE ASSIS
Dedicou-se intensamente ao teatro durante a década de 1860-70, seja como dramaturgo ou crítico teatral. Essa dedicação responde ao contexto social e político de sua época e pode ser entendido como um exercício para o desenvolvimento do grande contista e romancista Machado de Assis.

 


 

O Noviço - 09 de setembro
A narrativa bem humorada mostra a situação de jovens que, no século XIX, eram mandados por suas famílias para o sacerdócio sem ter vocação. Conta a aventura do ambicioso Ambrósio que se casou com Florência interessado, na verdade, na herança que ela recebeu depois da morte de seu primeiro marido. Para ter total controle da situação, Ambrósio planeja enviar respectivamente para o convento e para o seminário Emília e Juca, filhos de Florência – assim como fizera com Carlos, sobrinho tutelado da esposa. Com todos fazendo voto de pobreza, ele teria total controle sobre a fortuna da família.

MARTINS PENA
Rio de Janeiro, 1815 / Lisboa, 1848. Foi o introdutor da comédia de costumes no Brasil. No geral, produziu peças curtas, apenas esboçando a natureza das personagens e criando tramas, por vezes, com pouca verossimilhança. Ainda assim, construiu passagens de grande vivacidade e situações surpreendentes e é constantemente elogiado pela espontaneidade dos diálogos e pela perspicácia no registro dos costumes brasileiros.

 


 

A Capital Federal - 14 de outubro
O autor registra com este texto sua visão crítica do crescimento urbano e suas contradições. Apoiado em estereótipos de alguns segmentos sociais, o texto mostra eficiência no seu objetivo de apresentar com humor os costumes urbanos do final do século XIX.

ARTUR AZEVEDO
São Luís, 1855 / Rio de Janeiro, 1908. Dramaturgo, poeta, contista e jornalista. Em 1871 escreveu poemas satíricos sobre as pessoas de São Luís, perdendo o emprego de amanuense. Seguiu para o Rio (1873), onde foi tradutor de folhetins, tornando-se conhecido por seus versos humorísticos. Escrevendo para o teatro , alcançou enorme sucesso. Consolidou a comédia de costumes brasileira, sendo no país o principal autor do Teatro de Revista, em sua primeira fase.


Texto Escolhido pelos Universitários - 04 de novembro

Nos três primeiros encontros com a plateia o projeto irá propor uma votação (via internet) que definirá o último texto do ano a ser lido pela equipe de atores. Vamos apresentar uma lista com cinco possíveis textos e suas sinopses, assim o público, ao longo das edições anteriores, votará naquele que lhe parecer mais interessante. No dia 14 de novembro (na penúltima noite do ciclo de leituras), anunciaremos o texto vencedor, que será lido em novembro.


dramaturgia square 2A Equipe
Coordenação e direção artística / Lorena: Caio de Andrade
Coordenação e direção artística/ São Paulo: Paulo Franco
Equipe de produção e atuação - Lorena: Movida Literária – Núcleo de Dramaturgia
Equipe de produção e atuação - São Paulo: Paulo Franco
Design Gráfico: Camila Loricchio
Iluminação: Yago Santtos
Sonoplastia: TuTi MR
Produção Executiva: Beatriz França
Direção Geral de Produção: Teatro Teresa D’Ávila/ FATEA